Você e sua família são nossos
convidados para o lançamento dos livros: “Estrela das águas” (poesia infantil –
R$ 30,00) e “Como se fosse flor” (poesia – R$ 20,00) de Nívea Moraes Marques,
no dia 06 de setembro de 2014 (sábado) a partir das 16:00h nos jardins da Fazenda
da Posse (Rua Argemiro de Paula Coutinho, Centro, Barra Mansa/RJ –
entrada pelo SESI Barra Mansa, ao lado do Fórum de Barra Mansa). Teremos recital
de poesias, animação cultural para os pequenos, exposição de Francis Marques
com os desenhos que ilustraram os livros e coquetel.
Estrela das Águas
quinta-feira, 7 de agosto de 2014
domingo, 3 de fevereiro de 2013
O MENINO QUE VEIO DA LUA
O menino que veio da
lua
Nívea Moraes Marques
A lua é um lugar todo branco e fresquinho, boiando num imenso
universo azul.
Da lua é possível avistar a terra.
Um dia um menino que morava na lua sentiu uma imensa saudade
da terra sem nunca ter estado ali, via os mares e as poucas florestas, os
recortes das cidades, as plantações em tempo, ora de plantio, ora de colheita e
pensava existirem meninos correndo por entre caminhos mais lindos de barro e
sol, de mar e sal.
Doido de vontade de se meter com aqueles povos distantes,
construiu para si uma nave e embarcou nos anos luz que pudessem o levar até lá.
Chegou num dia claro de maio, às portas de uma família,
compreendeu o que era humanidade no estalar de um beijo por entre um sorriso,
tinha pés e mãos como nós, seu coração, no entanto, diferia um pouco, era todo
branco e fresquinho, boiando num imenso universo azul.
Nunca quis retornar ao seu espaço, era pequeno e grande na
nossa escala e quando fechava os olhinhos as estrelas pendiam de seus pequenos
cílios, o céu habitava seu quarto e ele logo dormia sem sonhos.
De manhã contava as espécies de aventura e traquinagem que
sempre estavam à sua mão e a dos outros seus companheiros, mais as mil outras
que ele trouxera direto da lua.
O menino que veio da lua era quase um menino igual aos que já
nasceram na terra, não fosse seu coração boiando no azul do universo num lugar
branco e fresquinho onde nunca acabava a saudade da companhia de muitas gentes
e dos recortes das enseadas.
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
BEBÊ
Bebê
Nívea Moraes Marques
Leque vem e faz uma ventania de letras
grudando saliva e sílabas no céu da minha boca
com elas construo barquinhos navegáveis
no estreito embandeirado dos dentes da minha boca
é que no fundo oco do que penso ser a caixa do meu sustento
há as pernas suntuosas do jogador, de chuteiras e meião
às tardes sempre sonoras e cobiçosas de amigos
a gente inventa tapete de grama boa
e rola com bola com chuteira
com suor novo de pele limpa
curtindo com a cara suja
desse povo que é dono do tempo
inventores de paralelepípedos
onde a gente subisse
degrau por degrau
na ascendente
como uma vida crescendo
de um futuro rítmico que voa
mas a gente rola feito bola
descendo descendo descendendo
como um eterno bebê...
domingo, 18 de março de 2012
DANÇAR ATÉ ESTRAGAR
No mistério da vida da bailarina
Uma caixinha guardada no fundo:
Seu coração delicado
(tracionado pela dança
Tracejado pela dor
Perdido e encontrado
de amores
Ainda uma vez perdido no fundo
só sabe uma coisa:
(acionado pela corda)
Dançar até estragar
...Nívea...
BAILARININHA BEBÊ
DUAS BAILARININHAS
domingo, 11 de março de 2012
ESTRELA DAS ÁGUAS
Estrela das Águas
Nìvea Moraes Marques
Quando a índia Naiá encompridava os olhos
pro lado da lua, guerreiro prateado chamado Jaci,
ninguém pensava que ela um dia teria coragem
de tocá-lo.
Enganada pelo reflexo da lua no rio,
mergulhou nossa índia para o fundo, num abraço fatal
e a lua, guerreiro distante, no momento em que
viu a cena, ficou tão comovido que aceitou o pedido
a fez emergir como uma gigantesca flor
Vitória-régia do amor sobre a morte
Toda noite no leito do rio
a lua estende seu brilho sobre Naiá
que ganhou aliança e mudou de nome
agora casada virou Estrela das Águas.
Nìvea Moraes Marques
Quando a índia Naiá encompridava os olhos
pro lado da lua, guerreiro prateado chamado Jaci,
ninguém pensava que ela um dia teria coragem
de tocá-lo.
Enganada pelo reflexo da lua no rio,
mergulhou nossa índia para o fundo, num abraço fatal
e a lua, guerreiro distante, no momento em que
viu a cena, ficou tão comovido que aceitou o pedido
a fez emergir como uma gigantesca flor
Vitória-régia do amor sobre a morte
Toda noite no leito do rio
a lua estende seu brilho sobre Naiá
que ganhou aliança e mudou de nome
agora casada virou Estrela das Águas.
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